Tricuridiose

 

Origem

Trata-se de uma doença parasitária digestiva provocada por Trichuris vulpis. É uma das helmintíases mais frequentes dos cães adultos nos canis.

Principais sintomas

Em caso de infestação moderada, os sintomas são bastante ténues e fundamentalmente crónicos: baixa de forma, desidratação, diarreias crónicas por vezes com presença de sangue, alternância de períodos de diarreia e de obstipação, perturbação dos componentes sanguíneos em caso de infestação maciça.

Forma de contágio

Realiza-se por via oro-fecal ou por contaminação do material.

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Tricurídeos no intestino de um cão, observadosna necrópsia.

Prevenção

Passa sobretudo pelo tratamento do meio ambiente: análises coprológicas dos animais em quarentena, utilização de calor nos terrenos de risco (lamacentos e sombrios), remoção diária dos excrementos, diminuição da higrometria e iluminação natural dos locais fechados.

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Toxocarose

 

Origem

O agente responsável é o parasita Toxocara canis, de tal forma bem ada-ptado à espécie canina que o seu ciclo de reprodução é idêntico ao da cadela. Este tipo de parasitismo é extremamente frequente nos canis.

Principais sintomas

Os machos adultos não apresentam qualquer sintoma. Nas fêmeas após o estro, final da gestação ou lactação observam-se sinais de má assimilação – má digestão. Finalmente, nos cachorros, é constatável uma dilatação abdominal após as mamadas ou refeições, emagrecimento, pêlo baço, atrasos de crescimento, tosse entre os 15 dias e 3 meses de idade, vómitos de vermes e, por vezes, obstrução ou mesmo oclusão intestinal em caso de infestação maciça.

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Perfuração intestinal causada por toxocarose detectada na necrópsia de um cachorro.

Forma de contágio

O contágio pode ocorrer pela passagem das larvas através da placenta, durante as mamadas ou por via oro-fecal. Esta doença é uma zoonose potencial.

Prevenção

Passa pela destruição dos ovos que podem sobreviver durante dois anos no meio exterior. Assim, uma boa higiene do pessoal do canil e a remoção diária dos excrementos é imprescindível (nomeadamente nas áreas de lazer), assim como a utilização de um detergente seguido de jacto de vapor de água ou lança-chamas agrícola. Durante o vazio sanitário, o amoníaco é eficaz para o tratamento dos interstícios e uniões dos azulejos da maternidade. Finalmente, a análise coprológica dos animais em quarentena permite tratar um cão infectado antes da sua entrada no canil.

Tosse de canil

 

Origem

Esta patologia é causada por uma combinação de agentes, de entre os quais: Bordetella Bronchiseptica (bactéria), Parainfluenza (vírus detectado em 70% dos casos) e, em menor escala, micoplasma, adenovírus canino (CAV) e herpes vírus.

Principais sintomas

Os cães evidenciam acessos de tosse intensa, seca, e com pouca expectoração. O seu estado geral é bom e a temperatura interna encontra-se normal ou ligeiramente aumentada. Podem estar associados sintomas de conjuntivite ou rinite. Caso não se realize qualquer tratamento, estes sintomas agravam-se para uma infecção generalizada, com tosse produtiva, hipertermia, diminuição do apetite e mau estado geral.

Forma de contágio

Por via directa, os cães contaminam-se rapidamente através das vias respiratórias.

Prevenção

A prevenção consiste na desinfecção dos locais com hipocloritos. Colocar os cães recém-chegados em quarentena (prazo de incubação 10-12 dias), isolar os cães com tosse do canil até à obtenção de um diagnóstico preciso e vacinar os animais. A profilaxia sanitária pode também ser melhorada por um mínimo de 5 renovações de ar por hora durante o Inverno e até 30 no Verão, aplicando uma higrometria de cerca de 65% sem ultrapassar os 75%.

Teníase

 

Origem

Doença parasitária digestiva, a teníase é provocada por vermes chatos denominados Taenia (ou Echinococcus) e, mais frequentemente, Dipylidium.

Principais sintomas

Os sintomas são bastante discretos ou até inexistentes. Contudo, são observáveis perturbações digestivas moderadas, hipoglicemia, aumento de apetite, prurido anal por vezes intenso (posição de trenó), presença de segmentos esbranquiçados nas fezes e, no caso de Dipylidium, a presença de pulgas.

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Ovos de ténia nos excrementos.

Forma de contágio

É possível em qualquer idade, nomeadamente através da ingestão de pulgas (Dipylidium) ou de coelhos ou pequenos ruminantes (Taenia). A utilização de alimentos industriais reduz consideravelmente a infestação por Taenia.

Prevenção

Evitar alimentar os animais com carcaças (carne crua) e eliminar as pulgas.

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Escólex de Dipylidium caninum visto ao microscópio.

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Tinha

 

Origem

Afecção cutânea contagiosa provocada por parasitas Dermatófitos do género Microsporum ou Trichophyton.

Principais sintomas

Na forma seca são observáveis zonas de alopecia circulares, tipo "moeda", sem prurido, localizadas sobretudo na cabeça.

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Lesões características da tinha com alopecia (© Parasitologia ENVA).

Forma de contágio

Pode ser directo, por contacto, mas também indirecto, pela utilização de instrumentos de higiene e beleza. O maior contágio ocorre através dos pêlos. Esta afecção é facilmente transmissível ao homem, o qual apresenta igualmente manchas redondas e vermelhas sobretudo ao nível do tronco e braços.

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A tinha é transmissível ao Homem.

Prevenção

Quarentena para os cães estranhos ao canil, e caso se constate a presença de um cão com tinha, é indispensável isolá-lo, limpar a respe-ctiva boxe em último lugar, não utilizar noutros animais os instrumentos de higiene deste último e submetê-lo a tratamento.

Pulicose

 

Origem

Trata-se de uma infestação por pulgas, parasitas habituais de cães e gatos. A espécie mais comum tem o nome de Ctenocephalides felis. As pulgas dos roedores, aves e dos pequenos carnívoros podem excepcionalmente parasitar os cães.

Principais sintomas

Os cães sensíveis às picadas de pulgas coçam-se, lambem-se e mordiscam-se subitamente provocando lesões de tipo inflamatório, pápulas ou áreas sem pêlo, nomeadamente na região dorso-lombar e base da cauda. Em caso de alergia à picada de pulga, o animal coça-se de forma violenta, as lesões podem-se apresentar muito inflamadas e extensas, ainda que se trate uma infestação reduzida.

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Lesões de dermatite por alergia à picada de pulga.

Forma de contágio

O contágio é directo entre os cães, mas também pode ocorrer através de gatos existentes nas proximidades do canil.

Prevenção

Passa pelo tratamento dos animais e do meio ambiente para impedir o desenvolvimento dos parasitas

Etiríase

 

Origem

Trata-se de uma doença causada por piolhos, nomeadamente Trichodectes canis (piolho triturador) e Linognathus setosus (piolho picador).

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Piolho triturador do cão (© Mérial).

Principais sintomas

Nos cães infectados pode observar-se a presença de escamas esbranquiçadas no pêlo, sobretudo na região dorsal (lombar, pescoço, nuca, base das orelhas) assim como lêndeas coladas à base dos pêlos. A evolução é fundamentalmente crónica e por vezes não provoca prurido.

Forma de contágio

Ocorre por contacto directo entre os animais, através dos instrumentos de higiene e da cama.

Prevenção

A prevenção passa pela higiene rigorosa dos cães em quarentena e pelo isolamento dos animais infectados.

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Parvovirose

 

Origem

Denominada também gastroenterite hemorrágica, a parvovirose é provocada pelo vírus VPC. Atinge fundamentalmente os cachorros e os cães idosos não vacinados.

Principais sintomas

Os cachorros deixam de comer, mostram-se muito abatidos e apresentam diarreias fétidas associadas a vómitos intensos. Este conjunto de manifestações provoca uma rápida desidratação, levando à morte no espaço de alguns dias (ou mesmo morte súbita nas formas agudas) em 10 a 90% dos casos, em função da imunidade conferida pela vacinação.

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O vírus da parvovirose destrói as células da mucosa intestinal do cachorro.

Forma de contágio

O contágio ocorre por via directa, através da urina, saliva, pelagem, ou por via indirecta através de vectores como gatos, roedores, botas, e água para consumo…

Prevenção

Passa pela vacinação precoce dos cachorros e desinfecção dos locais e materiais com aldeídos (formol e derivados), lixívia a 6% ou jacto de vapor de água. Os cuidados de higiene ministrados aos recém-chegados e outros cães à entrada da maternidade pode diminuir a passagem do vírus aos cachorros.

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Oslerose

 

Origem

Trata-se de uma doença respiratória parasitária provocada por Oslerus osleri, estrôngilo que se aloja na bifurcação traqueo-bronquica.

Principais sintomas

Os cachorros com mais de 2 meses (espaço de tempo para a declaração dos sintomas após a infecção) evidenciam acessos de tosse violenta, seca, associada a ruídos respiratórios e a crises dispneicas após um esforço.

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Nódulos característicos de oslerose na traqueia de um cão Yorkshire, falecido em consequência da doença.

Forma de contágio

Ocorre por transmissão da larva através de contacto próximo, via oro-nasal, durante um acesso de tosse ou por lambidelas. Não existe contágio intra-uterino. A cadela pode expectorar larvas de forma intermitente durante diversos anos.

Prevenção

A coproscopia parasitária dos animais em quarentena com tosse, assim como a higiene regular das boxes permite diminuir a incidência da oslerose.

Doença de Carré

 

Origem

Doença provocada por um vírus da família paramyxoviridae do género morbillivírus. É responsável por 80% da mortalidade nos cachorros.

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Destaque histológico do corpo de Lenz que permite o diagnóstico concreto da doença e Carré, neste caso ao nível das células da bexiga.

Principais sintomas

Os primeiros sintomas são do foro respiratório, uma pneumonia (tosse intensa, aumento da temperatura interna) associada a conjuntivite, diarreias, vómitos e perturbações cutâneas. Nalguns casos podem surgir sinais nervosos: cãibras, dificuldades locomotoras, cegueira, tremores. Esta doença também pode acarretar uma produção deficiente de esmalte dentário nos cachorros. Quando os sintomas nervosos se manifestam, são frequentes as sequelas após a cura: crises convulsivas, mioclonias.

Forma de contágio

Ocorre por via directa por contacto entre animais, através de secreções e excreções.

Prevenção

A prevenção passa pela vacinação, desinfecção (com formol, compostos de amónio quaternário), assim como a quarentena dos animais recém-chegados.

 

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